Por Amaní Cruz
Estudantes na Suíça fizeram um desafio a um grupo de idosos. A proposta era complementar a rotina de exercícios semanais deles com dança. Durante seis meses, os idosos teriam que dançar somente ao som de um piano e anotar quais as melhorias na rotina. No final da experiência, foi constatado que o número de quedas e acidentes diários caiu pela metade. Isso porque a música firma o passo, melhora o balanço e a movimentação do corpo.
Após uma cirurgia no joelho, o aposentado João da Guarda, de 75 anos, precisou realizar durante um ano o tratamento que incluía atividades físicas com música. “Meus exercícios eram feitos duas vezes por semana. Eu tinha que andar dentro do ritmo da música e, se o ritmo mudasse, meus passos mudavam também. Quando a música acelerava eu tinha que andar mais rápido e quando acalmava eu desacelerava”.
Mais do que um bem para a saúde, essa atividade ajuda também a mente. A fisioterapeuta Denise Raquel de Oliveira Neves diz que a atividade mantém o equilíbrio e exercita os músculos. “Quando dançamos, exercitamos toda a parte de quadril e pernas. E nessas regiões temos o envolvimento de toda a musculatura responsável pelo equilíbrio e fortalecimento no andar e na articulação dos membros”. Por conta disso, o resultado aparece em pouco tempo.
Quem canta os males espanta e quem dança a vida encanta! |
A melhora nos movimentos foi relativamente rápida para Guarda. “O médico que me acompanhou disse que se o tratamento fosse feito certinho diminuiriam as dores e meu andar ficaria firme”. Quando ele completou oito meses de tratamento o médico diminuiu a frequência das aulas para duas vezes por mês. “O que eu não podia era abandonar e deixar de fazer os exercícios”, afirma Guarda.
Além de fazer bem ao corpo, a música acalma os ânimos, o estado emocional e ainda auxilia na perda da timidez. Para o psicólogo Allan Manciolla de Camargo, o ator de dançar faz com que as pessoas se envolvam. “É preciso ouvir bem a melodia e letra da canção, prestar atenção nos movimentos. Com isso, também se desenvolve o diálogo entre os parceiros. Quando alguém participa de um grupo de dança, precisa se comunicar. O resultado é muito satisfatório. Compensa todas as dificuldades”.
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