Idosas buscam no artesanato ocupação e complementação de renda |
Para muitos
idosos, viver com apenas o dinheiro na aposentadoria é difícil. Gastos com
remédios e tratamentos de saúde acabam por encarecer o custo de vida. Segundo Censo
de 2010, 22% da população continua trabalhando após se aposentar.
Muitas mulheres
que se aposentam escolhem como passatempo o tradicional artesanaro. Mais do que
um trabalho, essas atividades acabam melhorando a auto-estima e são um
complemento na renda. Em cada toalha pronta ou bordado finalizado elas têm a
sensação de missão cumprida. Missão que passam para os mais jovens, originando
novas gerações de artesãs.
Agora que é
aposentada, Zelita de Sá Moura ocupa seus dias com atividades manuais: crochê e
o tricô. Ela trabalha no armarinho Cantinho Artesanal e a cada dia se
surpreende com seu trabalho. “Dou aula aqui há um ano e a idade das minhas
alunas varia de 25 a
50 anos. É uma surpresa ver que tantas jovens procuram o artesanato”. A
aposentada conta que ensinou suas filhas a fazerem o mesmo. “As minhas meninas
cresceram me vendo tricotar, quando pegaram idade ensinei alguma coisinha pra
elas e deixei que cada uma fizesse o que achassem mais interessantes”.
A comerciaria
Joana Kitzberg, empregadora de Zelita, criou as modalidades de semi-intensivo e
intensivo para pessoas interessadas em aprender ou aperfeiçoar o conhecimento do
artesanato. E as professoras são sempre idosas. ”Não há ninguém melhor para
ensinar do que as pessoas que praticam atividades no seu dia-a-dia e que
aprenderam o ofício desde pequenas”.
A ideia de oferecer
o curso surgiu das próprias clientes. “Direto apareciam clientes no meu
armarinho perguntando se oferecíamos cursos para aprender a fazer tricô e
crochê, foi aí que fiz um teste e deu certo. O movimento cresceu e as turmas
estão sempre cheias”, diz Joana.
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