segunda-feira, 18 de junho de 2012

Eleição: idosos tem cada vez mais importância política no Brasil

Texto e foto Giulianne Kuiava

Os idosos representam uma parcela significativa dos eleitores brasileiros. Segundo dados do setor de resultados do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o número de eleitores entre 60 a 79 anos aptos ao voto nas eleições de 2010 chegou a 1.022.189 pessoas no estado.  Mas, como o voto é facultativo após os 65 anos de idade, muitos idosos não comparecem às urnas e acabam deixando de ser beneficiados por iniciativas políticas.
Wilson Moreira faz parte desta parcela da população, tem 73 anos e não abre mão do voto. Moreira é ex-jornalista. Para ele, a participação política independe da faixa etária. “Os políticos devem ter [devido ao crescimento da população], um discurso que aborde as nossas necessidades. Muita coisa já melhorou depois que criaram o Estatuto do Idoso, o problema é que ainda tem muita coisa a ser feita”.
Para Moreira a maior dificuldade encontrada hoje pelo idoso, no viés político, é a questão da exclusão econômica: “o mercado de trabalho rejeita a pessoa idosa, amparado pela Legislação que não valoriza de forma suficiente o idoso como membro da sociedade”. E, para tentar melhorar esta situação, o ex-jornalista faz questão de participar ativamente de todas as eleições. Mas ele é uma exceção.
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Wilson Moreira, de 73 anos, não abre mão dos seus direitos como cidadão





Com a não obrigatoriedade do voto, muitos idosos deixam de exercer o direito de escolher seus representantes. Apesar de o TRE não ter o número de votantes faltosos com mais de 60 anos, é possível perceber isso através dos asilos. “É pequena a parcela de idosos que votam no asilo. Alguns por impossibilidades físicas e psíquicas”, afirma a terapeuta ocupacional do Recanto Tarumã, Fabiana Silva.

Acessibilidade
As dificuldades não param por ai. João Renato de Souza tem 24 anos e foi convocado para ser mesário na ultima eleição. Segundo ele, a urna eletrônica já não oferece mais tantas dificuldades aos idosos, agora o problema é a acessibilidade. “Muitos chegam aos locais e não lembram qual é sua seção eleitoral. Além disso, alguns idosos têm  dificuldades de locomoção dentro dos locais de votação, que nem sempre são adequados”. Souza explica que sempre tem gente para auxiliar, mas em algumas vezes, a demanda é tão grande que os idosos têm que ficar aguardando por ajuda. 





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